A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta segunda-feira (15/06) pela rejeição do pedido que pretende tirar o ministro da Educação, Abraham Weintraub, do inquérito das fake news. A medida foi tomada no plenário virtual da Corte.
O relator do caso, ministro Edson Fachin, já havia votado. Ele não acolheu o habeas corpus apresentado pelo ministro da Justiça, André Mendonça. Para ele, a peça não foi o tipo de ação adequada para questionar a atuação do Supremo frente ao inquérito.
Os julgamentos no plenário virtual permitem que os ministros apresentem os votos de casa, sem precisar comparecer presencialmente às sessões do STF.

O ministro da Educação, Abraham WeintraubAndre Borges/Especial para o Metrópoles

Ele assumiu o lugar de Ricardo Vélez em 2019Gabriel Jabur/MEC

O ministro foi alvo de críticas por causa de cortes em bolsas de pesquisaAndre Borges/Esp. Metrópoles

Ele é um forte aliado do presidente Jair Bolsonaro Rafaela Felicciano/Metrópoles
Entenda
O pedido foi apresentado no dia 27 de maio, pelo ministro da Justiça, André Mendonça. O habeas corpus pretende beneficiar o ministro Weintraub e “todos aqueles que tenham sido objeto de diligências e constrições” no inquérito das fake news. A intenção é trancar, ou seja, suspender o inquérito para o grupo.
A ação foi apresentada horas depois de uma operação da Polícia Federal que cumpriu 29 mandados de busca e apreensão, atingindo blogueiros e empresários aliados do presidente Jair Bolsonaro. A ação da PF ocorreu no âmbito do inquérito das fake news, que apura a disseminação de notícias falsas, ameaças a integrantes da Corte e seus familiares.